domingo, 11 de dezembro de 2011

RESUMO: O QUE É LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO - M.Soares

LETRAMENTO / DEFINIÇÃO: É uma palavra recém chegada ao vocabulário da Educação e das Ciências Linguísticas. É uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita.
As palavras letramento e letrar não aparecem nos dicionários atuais, aparecendo apenas em um dicionário do século passado, sendo portanto caracterizada como antigas.
O termo atual da palavra letramento proveio da palavra LITERACY da língua inglesa, que por, sua vez, advem do Latim LITTERA que quer dizer letra.
Segundo essa perspectiva, pode-se dizer que letramento é estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ler se apropriando da leitura e da escrita.

Segundo Magda Soares, a palavra letramento talvez tenha surgido em virtude de não utilizarmos a palavra alfabetismo, enquanto seu contrário, analfabetismo, nos é familiar. Isto é, conhecemos bem e há muito tempo o estado ou condição de analfabeto, mas só recentemente o seu oposto tornou-se necessário, pois passamos a enfrentar uma nova realidade social, onde se faz necessário fazer uso do ler e escrever, saber responder às exigências de leitura e de escrita que a sociedade faz continuamente.
Para a autora, um indivíduo pode não saber ler nem escrever, isto é, ser analfabeto, mas ser de certa forma, letrado, pois utiliza a leitura e a escrita em práticas sociais.

Modifica-se a idéia de que analfabetos não praticam a leitura e a escrita, uma vez que na concepção do letramento ideológico, mesmo sem serem alfabetizados, os sujeitos podem alcançar níveis de letramento superiores as pessoas com níveis mais altos de escolarização, pois não é apenas a leitura e a escrita, tão enraizadas à escola, que desenvolvem tais níveis cognitivos.
Existem outras formas de atividades humanas que podem desenvolver o aspecto cognitivo do homem, como atividades políticas como a militância em partidos políticos, movimentos da sociedade civil, organizações e outras que podem relacionar-se a transformações cognitivas.

A partir dessas idéias expostas no primeiro capítulo de Soares, pode-se concluir que a palavra letramento surgiu devido às transformações sociais em curso e isso acarreta em novas perspectivas, em novas concepções. Assim como modificou-se o significado de alfabetizado, modificou-se a concepção de analfabeto, percebeu-se dessa forma, que o letramento ultrapassa a questão do ato de ler e escrever, diz respeito, na verdade ao uso que se faz da leitura e da escrita socialmente.

CONCEITOS

Analfabeto: é aquele que é privado do alfabeto, ou seja que não conhece o alfabeto, que não sabe ler nem escrever.

Analfabetismo: é o modo de proceder como analfabeto.

Alfabetizar: é tornar o indivíduo capaz de ler e escrever.

Alfabetização: é a ação de alfabetizar, de tornar alfabeto.


É nesse campo semântico que surge a palavra letramento. Na verdade, conhecemos a palavra letrado que significa versado em letras, erudito. Conhecemos também a palavra iletrado que significa não ter conhecimentos literários.

De acordo com os estudos da autora, pessoa letrada é aquela que aprende a ler e a escrever e que passa a fazer uso da leitura e da escrita, a envolver-se em práticas sociais, ou seja que faz uso frequente e competente da leitura e da escrita. A pessoa letrada passa a ter outra condição social e cultural, muda o seu lugar social, seu modo de viver, sua inserção na cultura e consequentemente uma forma de pensar diferente. Tornar-se letrado traz consequências linguísticas , cognitivas.

Resumindo: Letramento é o resultado da ação de ensinar e aprender as práticas sociais de leitura e escrita.
E dentro dessa condição compreende-se que não basta apenas aprender a ler e a escrever, mas, sobretudo, adquirir competência para usar a leitura e a escrita, para envolver-se com práticas sociais de escrita.
Nesse contexto, faz-se necessário alfabetizar letrando, ou seja ensinar a ler e a  escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita.




sábado, 16 de julho de 2011

Música e Alfabetização

A MÚSICA COMO PARTE INTEGRANTE DO CURRÍCULO ESCOLAR

Quem não gosta de ouvir uma boa música? Desde quando nascemos, ouvimos cantigas de ninar.
Crescemos... ouvimos cantigas de roda...
Música sempre música... Alegra as festas... Faz parte das comemorações e eventos... Exalta a entrada da noiva em seu casamento...Ahh!!! Música sempre música.... Embala casais apaixonados!!!! Está presente nas tramas, nas comédias, nos dramas... mas sempre está presente.
A música é matemática... tem rítmos, harmonia, melodia....
Torna a vida mais feliz!!!!
Faz passar o tempo nos ônibus, nas viagens... Toca a alma e fala ao coração.

Podemos pensar a música, como uma forma feliz de alfabetizar. 

Qual criança que não gosta de uma cantiga de roda? Qual criança que não gosta de uma música alegre????

Pois bem, eis uma oportunidade de aprender a ler de forma divertida!

Essa situação de aprendizagem, está inserida no Projeto Ler e Escrever, onde através de cantigas e parlendas a criança faz o ajuste do que se canta ao que está escrito.
Trabalhamos de maneira divertida, onde a prioridade é deixar a criança analisar e  refletir a cerca da construção da palavra que está escrita.

O professor como mediador, dará as pistas da construção da palavra.
     
          Ex: Borboletinha tá na cozinha
      
       Quantas letras tem borboletinha?
       Com que letra começa?
       Com que letra termina?
       A letra B é vogal ou consoante?
       Vamos circular somente onde aparece a palavra borboletinha?
       Vamos cantar e circular ok?

Esse é somente um exemplo entre tantas outras possibilidades de alfabetização musical.








sábado, 9 de abril de 2011

TANGRAN

Painel realizado pelos alunos do 4º B - tarde - Colégio Paulo Freire - Guarulhos

Na aula de (matemática) conseguimos trabalhar com a interdisciplinaridade, pois realizamos um painel que conta a  - ( História ) do TANGRAN, que começou na China (Localização Geográfica) - onde os alunos trabalharam com o raciocínio lógico para montar as figuras ( Geométricas ), escreveram texto em (Língua Portuguesa) - compondo os personagens,  com o discípulo e o mestre mencionados em formas geométricas (Tangran) - Criaram diversas figuras entre as quais, utilizaram as técnicas  de ( Artes ) como pontilismo, curvas, retas, texturas etc...


atividades com tangran

                                                          Pássaro!
 
Uma casa!

Um Homem sentado!

Barco!

Clique em cima das imagens para ampliá-las

"PARABÉNS AOS ALUNOS DO 4ºB"

terça-feira, 8 de março de 2011

Ciências com Base nos Parâmetros Curriculares Nacionais

Aprender e ensinar Ciências Naturais no ensino fundamental

Os avanços das pesquisas na didática das Ciências, resumidos na introdução, apontam a importância da análise psicológica e epistemológica do processo de ensino e aprendizagem de Ciências Naturais para compreendê-lo e reestruturá-lo.

Para o ensino de Ciências Naturais é necessária a construção de uma estrutura geral da área que favoreça a aprendizagem significativa do conhecimento historicamente acumulado e a formação de uma concepção de Ciência, suas relações com a Tecnologia e com a Sociedade. Portanto, é necessário considerar as estruturas de conhecimento envolvidas no processo de ensino e aprendizagem — do aluno, do professor, da Ciência.

De um lado, os estudantes possuem um repertório de representações, conhecimentos intuitivos, adquiridos pela vivência, pela cultura e senso comum, acerca dos conceitos que serão ensinados na escola. O grau de amadurecimento intelectual e emocional do aluno e sua formação escolar são relevantes na elaboração desses conhecimentos prévios. Além disso, é necessário considerar, o professor também carrega consigo muitas idéias de senso comum, ainda que tenha elaborado parcelas do conhecimento científico. De outro lado, tem-se a estrutura do conhecimento científico e seu processo histórico de produção, que envolve relações com várias atividades humanas, especialmente a Tecnologia, com valores humanos e concepções de Ciência.

Os campos do conhecimento cintífico — Astronomia, Biologia, Física, Geociências e Química — têm por referência as teorias vigentes, que se apresentam como conjuntos de proposições e metodologias altamente estruturados e formalizados, muito distantes, portanto, do aluno em formação. Não se pode pretender que a estrutura das teorias científicas, em sua complexidade, seja a mesma que organiza o ensino e a aprendizagem de Ciências Naturais no ensino fundamental.

As teorias científicas oferecem modelos lógicos e categorias de raciocínio, um painel de objetos de estudo — fenômenos naturais e modos de realizar transformações no meio —, que são um horizonte para onde orientar as investigações em aulas e projetos de Ciências.

A história das Ciências também é fonte importante de conhecimentos na área. A história das idéias científicas e a história das relações do ser humano com seu corpo, com os ambientes e com os recursos naturais devem ter lugar no ensino, para que se possa construir com os alunos uma concepção interativa de Ciência e Tecnologia não neutras, contextualizada nas relações entre as sociedades humanas e a natureza. A dimensão histórica pode ser introduzida na séries iniciais na forma de história dos ambientes e das invenções. Também é possível o professor versar sobre a história das idéias científicas, conteúdo que passa a ser abordado com mais profundidade nas séries finais do ensino fundamental.

Pela abrangência e pela natureza dos objetos de estudo das Ciências, é possível desenvolver a área de forma muito dinâmica, orientando o trabalho escolar para o conhecimento sobre fenômenos da natureza, incluindo o ser humano e as tecnologias mais próximas e mais distantes, no espaço e no tempo. Estabelecer relações entre o que é conhecido e as novas idéias, entre o comum e o diferente, entre o particular e o geral, definir contrapontos entre os muitos elementos no universo de conhecimentos são processos essenciais à estruturação do pensamento, particularmente do pensamento científico.

Aspectos do desenvolvimento afetivo, dos valores e das atitudes também merecem atenção ao se estruturar a área de Ciências Naturais, que deve ser concebida como oportunidade de encontro entre o aluno, o professor e o mundo, reunindo os repertórios de vivências dos alunos e oferecendo-lhes imagens, palavras e proposições com significados que evoluam, na perspectiva de ultrapassar o conhecimento intuitivo e o senso comum.

Se a intenção é que os alunos se apropriem do conhecimento científico e desenvolvam uma autonomia no pensar e no agir, é importante conceber a relação de ensino e aprendizagem como uma relação entre sujeitos, em que cada um, a seu modo e com determinado papel, está envolvido na construção de uma compreensão dos fenômenos naturais e suas transformações, na formação de atitudes e valores humanos.

Dizer que o aluno é sujeito de sua aprendizagem, significa afirmar que é dele o movimento de ressignificar o mundo, isto é, de construir explicações norteadas pelo conhecimento científico.

Os alunos têm idéias acerca do seu corpo, dos fenômenos naturais e dos modos de realizar transformações no meio; são modelos com uma lógica interna, carregados de símbolos da sua cultura. Convidados a expor suas idéias para explicar determinado fenômeno e a confrontá-las com outras explicações, eles podem perceber os limites de seus modelos e a necessidade de novas informações; estarão em movimento de ressignificação.

Mas esse processo não é espontâneo; é construído com a intervenção do professor. É o professor quem tem condições de orientar o caminhar do aluno, criando situações interessantes e significativas, fornecendo informações que permitam a reelaboração e a ampliação dos conhecimentos prévios, propondo articulações entre os conceitos construídos, para organizá-los em um corpo de conhecimentos sistematizados.

Ao longo do ensino fundamental a aproximação ao conhecimento científico se faz gradualmente. Nos primeiros ciclos o aluno constrói repertórios de imagens, fatos e noções, sendo que o estabelecimento dos conceitos científicos se configura nos ciclos finais.

Ao professor cabe selecionar, organizar e problematizar conteúdos de modo a promover um avanço no desenvolvimento intelectual do aluno, na sua construção como ser social.

Pesquisas têm mostrado que muitas vezes conceitos intuitivos coexistem com conceitos científicos aprendidos na escola. Nesse caso o ensino não provocou uma mudança conceitual, mas, desde que a aprendizagem tenha sido significativa, o aluno adquiriu um novo conceito. Além disso, desde que o professor interfira adequadamente, o aluno pode ganhar consciência da coexistência de diferentes sistemas explicativos para o mesmo conjunto de fatos e fenômenos, estando apto a reconhecer e aplicar diferentes domínios de idéias em diferentes situações. Ganhar consciência da existência de diferentes fontes de explicação para as coisas da natureza e do mundo é tão importante quanto aprender conceitos científicos.

Sabe-se também que nem sempre todos os alunos de uma classe têm idéias prévias acerca de um objeto de estudo. Isso não significa que tal objeto não deva ser estudado. Significa, sim, que a intervenção do professor será a de apresentar idéias gerais a partir das quais o processo de investigação sobre o objeto possa se estabelecer. A apresentação de um assunto novo para o aluno também é instigante, e durante as investigações surgem dúvidas, constroem-se representações, buscam-se informações e confrontam-se idéias.

É importante, no entanto, que o professor tenha claro que o ensino de Ciências não se resume a apresentação de definições científicas, em geral fora do alcance da compreensão dos alunos. Definições são o ponto de chegada do processo de ensino, aquilo que se pretende que o aluno compreenda ao longo de suas investigações, da mesma forma que conceitos, procedimentos e atitudes também são aprendidos.

Em Ciências Naturais são procedimentos fundamentais aqueles que permitem a investigação, a comunicação e o debate de fatos e idéias. A observação, a experimentação, a comparação, o estabelecimento de relações entre fatos ou fenômenos e idéias, a leitura e a escrita de textos informativos, a organização de informações através de desenhos, tabelas, gráficos, esquemas e textos, a proposição de suposições, o confronto entre suposições e entre elas e os dados obtidos por investigação, a proposição e a solução de problemas, são diferentes procedimentos que possibilitam a aprendizagem.

Da mesma forma que os conteúdos conceituais, os procedimentos devem ser construídos pelos alunos através de comparações e discussões estimuladas por elementos e modelos oferecidos pelo professor.

No contexto da aprendizagem ativa, os alunos são convidados à prática de tais procedimentos, no início imitando o professor, e, aos poucos, tornando-se autônomos. Por exemplo, ao trabalhar o desenho de observação, o professor inicia a atividade desenhando na lousa, conversando com as crianças sobre os detalhes de cores e formas que permitem que o desenho seja uma representação do objeto original. Em seguida, as crianças podem fazer seu próprio desenho de observação, sendo esperado que esse primeiro desenho se assemelhe ao do professor. Em outras oportunidades as crianças poderão começar o desenho de observação sem o modelo do professor, que ainda assim conversa com os alunos sobre detalhes necessários ao desenho. O ensino desses procedimentos só é possível pelo trabalho com diferentes temas de interesse científico, que serão investigados de formas distintas. Certos temas podem ser objeto de observações diretas e/ou experimentação, outros não.

Quanto ao ensino de atitudes e valores, embora muitas vezes o professor não se dê conta estará sempre legitimando determinadas atitudes com seus alunos. Afinal é ele uma referência importante para sua classe. É muito importante que esta dimensão dos conteúdos seja objeto de reflexão e de ensino do professor, para que valores e posturas sejam desenvolvidos tendo em vista o aluno que se tem a intenção de formar.

Em Ciências Naturais é relevante o desenvolvimento de posturas e valores pertinentes às relações entre os seres humanos, o conhecimento e o ambiente. O desenvolvimento desses valores envolve muitos aspectos da vida social, como a cultura e o sistema produtivo, as relações entre o homem e a natureza. Nessas discussões, o respeito à diversidade de opiniões ou às provas obtidas através de investigação e a colaboração na execução das tarefas são elementos que contribuem para o aprendizado de atitudes, como a responsabilidade em relação à saúde e ao ambiente.

Incentivo às atitudes de curiosidade, de respeito à diversidade de opiniões, à persistência na busca e compreensão das informações, às provas obtidas através de investigações, de valorização da vida em sua diversidade, de preservação do ambiente, de apreço e respeito à individualidade e à coletividade, têm lugar no processo de ensino e aprendizagem.

No planejamento e no desenvolvimento dos temas de Ciências em sala de aula, cada uma das dimensões dos conteúdos deve ser explicitamente tratada. É também essencial que sejam levadas em conta por ocasião das avaliações, de forma compatível com o sentido amplo que se adotou para os conteúdos do aprendizado.


Ciências Naturais no primeiro ciclo

O processo de aprendizagem das crianças, tendo ou não cursado a educação infantil, inicia-se muito antes da escolaridade obrigatória. São freqüentemente curiosas, buscam explicações para o que vêem, ouvem e sentem. O que é isso? Como funciona? Como faz? E os famosos porquês.

São perguntas que fazem a si mesmas e às pessoas em muitas situações de sua vida.


As fontes para a obtenção de respostas e de conhecimentos sobre o mundo vão desde o ambiente doméstico e a cultura regional, até a mídia e a cultura de massas. Portanto, as crianças chegam à escola tendo um repertório de representações e explicações da realidade. É importante que tais representações encontrem na sala de aula um lugar para manifestação, pois, além de constituírem importante fator no processo de aprendizagem, poderão ser ampliadas, transformadas e sistematizadas com a mediação do professor. É papel da escola e do professor estimular os alunos a perguntarem e a buscarem respostas sobre a vida humana, sobre os ambientes e recursos tecnológicos que fazem parte do cotidiano ou que estejam distantes no tempo e no espaço.


Entretanto, crianças pequenas compreendem e vivem a realidade natural e social de modo diferente dos adultos. Fora ou dentro da escola, as crianças emprestam magia, vontade e vida aos objetos e às coisas da natureza ao elaborar suas explicações sobre o mundo. De modo geral, em torno de oito anos as crianças passam a exibir um modo menos subjetivo e mais racional de explicar os acontecimentos e as coisas do mundo. São capazes de distinguir os objetos das próprias ações e organizar etapas de acontecimentos em intervalos de tempo.


No primeiro ciclo são inúmeras as possibilidades de trabalho com os conteúdos da área de Ciências Naturais. Nas classes de primeiro ciclo é possível a elaboração de algumas explicações objetivas e mais próximas da Ciência, de acordo com a idade e o amadurecimento dos alunos e sob influência do processo de aprendizagem, ainda que explicações mágicas persistam. Também é possível o contato com uma variedade de aspectos do mundo, explorando-os, conhecendo-os, explicando-os e iniciando a aprendizagem de conceitos, procedimentos e valores importantes.


Desde o início do processo de escolarização e alfabetização os temas de natureza científica e técnica, por sua presença variada, podem ser de grande ajuda, por permitirem diferentes formas de expressão. Não se trata somente de ensinar a ler e a escrever para que os alunos possam aprender Ciências, mas também de fazer usos das Ciências para que os alunos possam aprender a ler e a escrever.


Essa fase é marcada por um grande desenvolvimento da linguagem oral, descritiva e narrativa, das nomeações de objetos e seres vivos, suas partes e propriedades. Esta característica permite que os alunos possam enriquecer relatos sobre observações realizadas e comunicá-las aos seus companheiros.


A capacidade de narrar ou descrever um fato, nessa fase, é enriquecida pelo desenho, que progressivamente incorpora detalhes do objeto ou do fenômeno observado. O desenho é uma importante possibilidade de registro de observações compatível com esse momento da escolaridade, além de um instrumento de informação da própria Ciência. Conhecer desenhos informativos elaborados por adultos — em livros, enciclopédias ou o desenho do professor — contribui para a valorização desse instrumento de comunicação das informações.


Além do desenho, outras formas de registro se configuram como possibilidades nessa fase: listas, tabelas, pequenos textos, utilizando conhecimentos adquiridos em Língua Portuguesa e Matemática.


Muito importante no ensino de ciências é a comparação entre fenômenos ou objetos de mesma classe, por exemplo: diferentes fontes de energia, alimentação dos animais, objetos de mesmo uso.


Orientados pelo professor, que lhes oferece informações e propõe investigações, os alunos realizam comparações e estabelecem regularidades que permitem algumas classificações e generalizações. Por exemplo, podem compreender que existem diferentes fontes de calor; que todos os animais se alimentam de plantas ou de outros animais e que objetos são feitos de determinados materiais apropriados ao seu uso.


Outra característica deste momento da criança é o desenvolvimento da linguagem causal. A criança é capaz de estabelecer seqüências de fatos, identificando causas e conseqüências relacionadas a essas seqüências, mas ainda não as associa a princípios ou leis gerais das Ciências. Essa característica possibilita o trabalho de identificação e registro de encadeamento de eventos ao longo do tempo, estabelecendo-se a distinção entre causas e conseqüências.


Também de grande importância é a formulação de suposições e perguntas que são incentivadas pelo professor. Esse procedimento é de grande, pois permite ao professor conhecer as representações ou conceitos intuitivos dos alunos e ao mesmo tempo se constituem em motes para a busca de conhecimentos.


Observar, comparar, descrever, narrar, desenhar e perguntar são modos de buscar e organizar informações sobre temas específicos, alvos de investigação pela classe. Tais procedimentos por si só não permitem a aquisição do conhecimento conceitual sobre o tema, mas são recursos para que a dimensão conceitual, a rede de idéias que confere significado ao tema, possa ser trabalhada pelo professor.



Objetivos


As atividades e os projetos de Ciências Naturais devem ser organizados para que os alunos ganhem progressivamente as seguintes capacidades:

observar, registrar e comunicar algumas semelhanças e diferenças entre diversos ambientes, identificando a presença comum de água, seres vivos, ar, luz, calor, solo e características específicas dos ambientes diferentes;

estabelecer relações entre características e comportamentos dos seres vivos e condições do ambiente em que vivem, valorizando a diversidade da vida;

observar e identificar algumas características do corpo humano e alguns comportamentos nas diferentes fases da vida, no homem e na mulher, aproximando-se à noção de ciclo vital do ser humano e respeitando as diferenças individuais;

reconhecer processos e etapas de transformação de materiais em objetos;
realizar experimentos simples sobre os materiais e objetos do ambiente para investigar características e propriedades dos materiais e de algumas formas de energia;

características e propriedades de materiais, objetos, seres vivos para elaborar classificações;

formular perguntas e suposições sobre o assunto em estudo;

organizar e registrar informações através de desenhos, quadros, esquemas, listas e pequenos textos, sob orientação do professor;

comunicar de modo oral, escrito e através de desenhos perguntas, suposições, dados e conclusões, respeitando as diferentes opiniões e utilizando as informações obtidas para justificar suas idéias;

valorizar atitudes e comportamentos favoráveis à saúde, em relação à alimentação e à higiene pessoal, desenvolvendo a responsabilidade no cuidado com o próprio corpo e com os espaços que habita.

Conteúdos



No primeiro ciclo as crianças têm uma primeira aproximação das noções de ambiente, corpo humano e transformações de materiais do ambiente através de técnicas criadas pelo homem. Podem aprender procedimentos simples de observação, comparação, busca e registro de informações, e também desenvolver atitudes de responsabilidade para consigo, com o outro e com o ambiente.











































quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Avaliação das aprendizagens dos alunos

Uma síntese de avaliação para a escrita 1º e 2º anos

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sábado, 19 de fevereiro de 2011

História - Como ensinar?

Aula desenvolvida com uma turma de 2º ano
Professora: Luciana

Tema: Meu autoretrato

Objetivos: Descrever seu autoretrato
                    Falar de sua própria história


Materiais:  Foto de seus alunos
                    Papel cartão vermelho
                    Tesoura
                    Fita dupla face
                    Cola gliter para enfeitar

Desenvolvimento:
  • Leve para a classe o papel cartão já cortado 25 x 18  para a confecção do porta retrato.
  • Dobre o papel cartão ao meio para fazer o recorte do coração, onde será encaixada a foto.
  • Decore com cola gliter
  • Cole a foto com fita dupla face ( pois se o cartão estragar, a foto continuará intacta)
Depois dos porta-retratos montados, coloque cada um na carteira de cada aluno.
Peça então, para que eles descrevam no caderno a história daquela foto, quando tirou, o que estava fazendo, quantos anos tinha, se gostou, se ele acha que mudou bastante...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Empreendedorismo - The Lemonade Stand



Esse video é uma boa dica para ensinar empreendedorismo na sala de aula.